
"Eu sou a verdadeira videira, e meu Pai é o agricultor. Todo ramo que não dá fruto em mim, o Pai o corta. Os ramos que dão fruto, ele os poda para que dêem mais fruto ainda. Vocês já estão limpos por causa da palavra que eu lhes falei.
Fiquem unidos a mim, e eu ficarei unido a vocês. O ramo que não fica unido à videira não pode dar fruto. Vocês também não poderão dar fruto, se não ficarem unidos a mim. Eu sou a videira, e vocês são os ramos.
Quem fica unido a mim, e eu a ele, dará muito fruto, porque sem mim vocês não podem fazer nada. Quem não fica unido a mim será jogado fora como um ramo, e secará. Esses ramos são ajuntados, jogados no fogo e queimados."
"Se vocês ficam unidos a mim e minhas palavras permanecem em vocês, peçam o que quiserem e será concedido a vocês. A glória de meu Pai se manifesta quando vocês dão muitos frutos e se tornam meus discípulos.
Fiquem unidos a mim, e eu ficarei unido a vocês. O ramo que não fica unido à videira não pode dar fruto. Vocês também não poderão dar fruto, se não ficarem unidos a mim. Eu sou a videira, e vocês são os ramos.
Quem fica unido a mim, e eu a ele, dará muito fruto, porque sem mim vocês não podem fazer nada. Quem não fica unido a mim será jogado fora como um ramo, e secará. Esses ramos são ajuntados, jogados no fogo e queimados."
"Se vocês ficam unidos a mim e minhas palavras permanecem em vocês, peçam o que quiserem e será concedido a vocês. A glória de meu Pai se manifesta quando vocês dão muitos frutos e se tornam meus discípulos.
(Correspondente ao V Domingo da Páscoa, do ciclo B do Ano Litúrgico).
Meditação do Evangelho:
O texto do evangelho proposto para este domingo faz parte dos acontecimentos que marcam a despedida de Jesus durante a Ceia (Jo 13,1-17).
Faz parte do testamento de Jesus, de suas últimas instruções aos seus amigos e amigas, que são muito variadas. No caso do evangelho deste domingo, Jesus fala aos seus do segredo de permanecerem unidos e crescerem, expandindo-se.
Novamente nos encontramos diante de uma alegoria que nos apresenta Jesus e seu Pai: "Eu sou a verdadeira videira e meu Pai é o agricultor."
Precisamos ter em conta que a videira era o símbolo do povo de Deus no Antigo Testamento (Jr 2,21) plantada pelo mesmo Deus, mas que não deu os frutos que ele esperava: "A vinha de Javé é a casa de Israel, e sua plantação preferida são os homens de Judá. Eu esperava deles o direito e produziram injustiça, esperava justiça e aí estão os gritos de desespero" (Is 5,7).
No Novo Testamento, Jesus mesmo se identifica com a videira e seus discípulos e discípulas com os ramos. Dessa maneira, apresenta-nos o novo povo de Deus, que é inaugurado por Jesus e todos os que vivem unidos a Ele. (cfr. Lume Gentium 6)
A comunidade cristã nasce de Jesus morto e ressuscitado, única videira, e cresce sob ação fecunda do Espírito, porque é ele que pelo batismo nos fez nascer do tronco da videira, partícipes de sua natureza, nutrindo-nos de sua seiva, que nos faz desenvolver e dar frutos.
O Pai é o agricultor, que planta e cuida da videira com a intenção de fazê-la frutificar. O cuidado do Pai se manifesta no texto por meio da poda.
O ciclo do cultivo das videiras, pode nos ajudar a entender melhor este evangelho.
O inverno frio deixa sem folhas as árvores, entre elas as videiras. Os que as cultivam cortam os ramos secos e deixam somente o tronco. Quando começa a primavera, aparecem nos troncos ramos pequenos. E ali onde estava o lenho seco, morto, surge a nova vida e os ramos com o calor do sol crescem, a tal ponto que são apoiados em outras madeiras e logo dão fruto! No verão, recolhem-se as gostosas uvas.
O inverno frio deixa sem folhas as árvores, entre elas as videiras. Os que as cultivam cortam os ramos secos e deixam somente o tronco. Quando começa a primavera, aparecem nos troncos ramos pequenos. E ali onde estava o lenho seco, morto, surge a nova vida e os ramos com o calor do sol crescem, a tal ponto que são apoiados em outras madeiras e logo dão fruto! No verão, recolhem-se as gostosas uvas.
Tanto na vida pessoal como comunitária, atravessamos tempos de inverno, de frio cujas causas podem ser variadas. O certo, porém, é que assim como no inverno o agricultor não fica parado, mas cuida da videira para que ela volte a produzir frutos, Deus nosso Pai, cuida de nós, de seu povo, para que ele continue crescendo e colaborando na construção de seu Reino.
Nos tempos de inverno, acreditamos que Deus está cuidando de nós, ou pensamos que ele nos esqueceu?
Em outra parte do evangelho de João, Jesus nos revela que seu Pai e ele trabalham sempre, (Jo 5,17), ou seja, em todo momento, em qualquer situação, não somente Deus está conosco por meio de seu Espírito, está agindo em nós, trabalhando em sua videira querida!
Podemos perguntar-nos como Ele age? Pois bem, dependendo da situação na qual nos encontramos, experimentamos a presença de Deus como consolo, fortaleza, esperança ou também Ele age, movendo-nos ao arrependimento, à conversão, ao perdão...
Agora se Deus faz tudo, que fica para nós?
Agora se Deus faz tudo, que fica para nós?
E aqui o evangelho é claro: fiquem unidos a mim, fiquem unidos à videira...sete vezes nos repete o mesmo! Permanecer unidos a Jesus, viver em união vital com ele é dom e é a nossa tarefa.
Se vivermos em união com Jesus, alimentando-nos da mesma seiva que corre pelo tronco da videira, só nos resta viver como Ele viveu. O Espírito Santo que nos une dinamicamente a Jesus, nos "autoriza", nos capacita a fazer as mesmas obras que Jesus fez, e maiores ainda!
E se ainda sentimos medo do inverno, vem em nosso auxílio as palavras do apóstolo Paulo aos romanos:
"O que nos resta dizer? Se Deus está a nosso favor, quem estará contra nós?...Estou convencido de que nem a morte nem a vida, nem os anjos nem os principados, nem o presente nem o futuro, nem os poderes nem as forças das alturas ou das profundidades, nem qualquer outra criatura, nada nos poderá separar do amor de Deus, manifestado em Jesus Cristo, nosso Senhor" (Rm 8,31.38-39).
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